“Amor Dimensional”
 
 
Nara Pamplona
 
 
Meu amor revive a cada instante
No nascer do dia que nos despertava
Na gota de chuva que acariciava nossas faces
No banco da praça onde absorvíamos calor humano
 
No toque forte de uma Sinfonia de Bethoveen
Mas, também, no leve afago de um adágio de Bach.
Nas leituras das ideias polémicas de Friedrich Nietzsche
Mas também nas teorias futuristas de Aldous Huxley
 
Na espuma das marés que molhava nossos pés
Na memória de sua bondade e solidariedade
De sua seriedade, confiança, e amor à vida
Do seu olhar perscrutador, penetrante, embora calmo
 
Como amo esse amor que era e é tão nosso
Que ultrapassa a barreira dimensional
Iluminando nossas existências em esferas diversas
Que é eterno! Perene! Indissolúvel!
 
Como essa união floresceu em solo fértil
A guardar e zelar sentimentos imorredoiros
Transmudando-os em flores de variados matizes
 
Ah! Esse amor assim, brilhante como os raios do Sol
Sereno e apaziguador como o toque do luar
Continua e continuará orvalhando meu sedento coração!

Rio, 12/06/2018