Os poderosos
 
Olho a placidez das águas calmas,
Num mar sereno, e comparo com as almas,
Que conhecem e guarnecem o seu poder.
Sob a aparente, pacífica tranquilidade,
Controla a raivosa ansiedade,
Que faz a qualquer um enfurecer.
 
Só quem nunca viu um mar bravio,
Ou a fúria desbravada de um rio,
Desconhece sua capacidade destruidora.
Nos lagos calmos, há um monstro que dormita,
Ou na montanha, dorme um vulcão que se agita,
Sob uma visão aparentemente sedutora...
 
Não queira quebrar a quietude,
De quem é dono do poder e da virtude
E tem a sabedoria e o dom de camuflar.
Sob a aparente paz e serenidade,
Existe um poder, que em verdade,
É capaz de fazer a tudo desabar.