Invente.

Eu a amo, mais que a existência

E a supro no meu colarinho.

Tirando esta doída saudade

Cabe outra coisa mais extraordinária!

E porque não tomamos absinto

Derramando-o pelo nosso corpo

Fazendo nos sujar aguçado

Seguindo o esguicho do gozo!

Num aroma seco ao doce negro

Tocando a loucura com as unhas

Sangrando as partes da solidão!

Sabor especial calor sem igual

Nefando em nossas línguas vazias

Traga e não invente, eu lhe chamar!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 10/06/2018
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