No céu vermelho
No céu vermelho, carmesim, sangrento, há uma balada apaixonada, quente e astuta. Os olhos são profundos, afogados em consciência com longos cílios, enegrecendo-se na amargura. Palavras curtas, rasgadas pela razão, disparam pelas notas musicais e a lava efervescente. Os campos de mel com a luz dourada do sol carregam algo saúdevel, curado, distante. Há uma disposição selvagem para voar, explodir como os travões, perder a voz com gritos, converter-se em enormes pedras. Os fogos da irradiação são incorruptíveis, os impulsos de correntes de encanto são perecíveis. As telas do passado se abrirão em algo esquecido, um pouco vulgar, perverso, não barbeado. A última dúvida vai cair, as revelações noturnas cantarão como os pássaros.