Hipnotizada
Nos ventos que te desordenam a intimidade
a poesia, visceral, é a melhor parte de ti.
Aquela que tu pariste com ardor
e burilaste com paciência infinita
para que se parecesse com a inquietude,
a noite e as sombras,
o mar e a luminosidade, a vida em suas muitas cores, enfim...
Vida que subverte a lógica das palavras
com que brincas em tuas perguntas ao infinito.
Quando ele responde, corres a recolher as quimeras ofertadas
e dar a elas certa ordenação nos mosaicos que crias...
Dentro de cada pequenino bordado de iluminuras que desenhas,
um intrincado jogo de significados
estabelece o alinhavo e a costura do teu ser.
De dentro dos poemas saltam tuas lembranças,
Tua doçura e tua fragrância, única,
que imprimes a tudo o que tocas...
Sigo, hipnotizada...
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Interação ofertada pelo Mestre Jacó Filho
Nesse tipo de flagrância,
Que os teus poemas sopram,
Minhas visões se desdobram,
Se entram em concordância...