" Não é o sangue a correr que faz o homem estar vivo,
mas o quanto ele ferve "


Quando na funda penumbra de um dia,
os silêncios arrefecem os arcos celestes
Quando o coração entreverado em caos
tenta agarrar à unha a lua pela raíz
E tu não esqueces a profusão da primavera,
nem o barro, a resina e as estrelas de que és feito
e deixas que teus pulsos rocem o espírito de Deus
É quando sento-me à tua mesa
exuberante de vinhas e louros,
com o amor a estremecer os ossos sob os pés,
e sinto, e sei, que é sob a égide do teu fogo
que o fulgor da vida incendeia !

 


 




Da série Pajadores do Sul 


DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 06/06/2018
Código do texto: T6357188
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