Sempre

Vou te amar até ontem, até hoje e amanhã

Com poesia descalça, alma nua e imperfeita

Enquanto cultivar esperança em dor desfeita

Gritar até ficar rouca, e ter que usar a romã

Vou te amar sempre, e a poesia será o enlace

Abençoando corações incrustados em páginas

Que o tempo eternizou para que me amasse

Na distância de toda a saudade que descortina

Cai aos pouquinhos em uns versos tão bonitos

Pintura perfeita que coração aceita e agradece

E nessa repetição contida abafa esse meu grito

Na poesia que gira, não esfria, e mais te aquece

Deixa ser feliz só um pouquinho, grafitar teu rosto

Na lousa do meu pensamento, e por um momento

Beijar tua face fria, e dos teus lábios, sentir o gosto

Puro, feito essa poesia, puro, feito esse sentimento.