O amor é cego
Esse encanto que transformou,
A visão, o sentir, o modo de ser...
Tudo mudou por você, o jeito de te ver,
Como posso te dedicar tanto amor...
Um coração que anseia, sonha assim,
Uma ilusão, que fosse só pra mim...
Como se fosse programado, enfeitiçado,
Sem o poder de dizer não, assim amarrado...
Sigo por descaminhos, não encontro,
Só desencontros, desvios, você não me vê,
Por estranho que possa parecer,
Sempre se esquiva por não me querer...
E tão enfadonho, me pergunto, puxo assunto,
No meu imo, o porquê? Esse desejo, não é justo,
Sem compreensão, pena meu coração,
Até quando pode durar uma decepção?
Tanta cegueira segue o meu destino,
Amor sem ser receptivo... sem tino...
Seguindo as emoções, o que dita o coração,
Sem a razão que podia me dar à libertação?
Cláudio Domingos Borges