OUTONO

Os longos soluços do vento

Guardam ainda restos de verão

E o seu melancólico lamento

Dilacera-me o coração

Ah! que saudade das auroras

Dos dias da minha juventude

Que perderam-se em longas horas,

Plenas de silêncio, ébrias de quietude

E nas dobras do tempo, perdidos

Ficaram meus sonhos, meus amores

Que em cada ruga quedam esquecidos

E assim eu vou, pouco importa

Vagando a esmo pelos caminhos

Abandonado, igual às folhas mortas

Pethrus
Enviado por Pethrus em 03/06/2018
Código do texto: T6354207
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