O RITUAL DO AMOR.

Eu já me senti perdido pelos teus carinhos, em todos os caminhos em que eu andei, e sei que agora já não te tenho mais ao meu lado, e permaneço calado, um tanto enfadado, e aos cuidados da solidão, essa interiorização que é feita pelo coração, quando estamos distanciados de quem se Ama, essa chama que logo adormece em nosso interior, esse clamor que é a única oração, feito meditação, e que é o próprio ritual do Amor.

E tudo é muito triste quando não se tem um bem querer, e fica fácil entender, que mesmo eu tendo de um tudo, se me faltar você em meu mundo, me falta tudo, sobretudo o ar para respirar esse teu cheiro, e que primeiro os meus olhos voltem a enxergar, tudo o que a minha mente não quer mais lembrar.

É quando penso em voltar o ponteiro do tempo, onde o passatempo ocupa um espaço imenso no meu coração, essa reprodução perfeita da nossa lembrança, aonde por confiança, se dá o direito de te reproduzir, até fluir o desejo de voltar a nos unir.

Só espero que essa tua nascente que abastece a minha paixão, com a profusão de um rio caudaloso, não venha a se ressequir, e sim que volte a subsistir de um modo especioso, tão quanto o teu carinhoso abraço colado com a tua voz, projetando uma primavera, ao largo dessa foz, que logo faz eclodir o som e a luz da minha espera, que é a mistura de tantas limitações, para que nas minhas divagações, a esperança seja uma realidade e que nunca se apresente como uma quimera.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 02/06/2018
Código do texto: T6353370
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