Olhos alheios que ferem...
 
Inóspito tempo que afligiu minha alma,
És o amargo do dilema que confunde meus pensamentos,
Não se eleva ao altar o presságio vindouro,
Nem o amargo da desilusão que abre a porta sem bater,
 
Há ilusões trançadas nos caminhos
Que escondem a paisagem dos olhos que lacrimejam,
Não há sopro na face que detém a dor
Nem perdão aos pecados que se entrega a fadiga da mentira,
 
Outrora ouve um sussurro que falou de melodia solitária
Entre vidas não ouve eclosão de corpos
Nem o acúmulo da sabedoria que afastaria a angustia,
 
Oh mentiras que mastigam e contorcem a alegria,
Ao alheio é fácil a diretriz do que não se suporta por si,
Joga-se as lanças e esperasse o corte profundo na pele,
 
Eras virão em virtude dos que aprendem com pergaminhos,
Controlar os passos não faz um ser se entregar a lentidão,
Mas entender que em veredas se vê o belo da paisagem oculta
Que deixa o perfume da serenidade em fios de canções,
 
Olha em ti o que queres enxergar no outro,
Não deixe o espelho enodoado,
Não poderá refletir em teu reflexo
E não podeis enxergar os dos outros...
 
J Lucivan Almeida
Enviado por J Lucivan Almeida em 01/06/2018
Reeditado em 11/09/2021
Código do texto: T6352872
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