O Tempo e O Depois

Bom tempo, meu bom tempo,

Quanto ainda tenho de sobra?

Será que o mesmo duma borboleta

Que em doze meses se desdobra

Pra cumprir maravilhosa

O seu papel neste planeta?

Bom poeta, meu bom poeta,

Eu não saberia lhe responder!

Pra que você quer saber?

Pra deixar dos momentos de ser?

Já pensou se toda borboleta

Que soubesse do tempo que tem,

Deixasse de pousar nas flores,

Deixasse de ser apreciada por deixar

Deste momento e outro viver?

Poeta, nada seria vivido

E eu seria o culpado deste motivo!

Pra nenhuma declaração dariam ouvidos,

O amor não teria chance,

Mesmo no último instante

Nada na vida teria romance!

Parar pra pensar em mim, poeta,

Tornam as chances inquietas,

Entorna e chora o leite derramado,

Lamentando por tudo ter dado errado...

É aí que você cai na real

Que eu, o tempo perdido,

Sou aquele que poderia ser vivido,

Mas que não fui porque alguém achou

Que estava perdendo o depois!

Pergentino jr
Enviado por Pergentino jr em 01/06/2018
Código do texto: T6352190
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