QUE NADA OS DETENHA
Era uma vez, um fio de eletricidade,
que, descoberto, peito aberto,
sonhava fazer parte de um campo magnético.
Enquanto só,
era neutro, tranquilo,
inofensivo para tudo o que existia em seu redor.
Mas se sentia macho, potente, armazenador
de energia,
e nada respondia se, acaso, outro macho condutor,
igualmente disjunto, se aproximasse e ameaçasse esse seu valor.
. . .
Num belo dia
- Sempre há um belo dia! -,
ele descobre outro fio de cobre,
ali por perto,
peito semidescoberto, por pudor,
protuberância feminil,
olhar penetrante, radiante,
parecendo buscar,
com tão enérgica elegância,
mais calor para sua potencial radiação.
Certeza de ainda estar "acesa",
energia reservada,
incompleta, vaidosamente discreta.
. . .
Sentimentos de ânsia.
Circunstâncias.
Duas cargas
inversamente proporcionais às suas distâncias.
Somente se olhavam... e se enamoravam...
Cada um a dizer:
"Nada a fazer!"...
"Como tocá-la?"... "Como acariciá-lo?"...
. . .
Até que ventos polares se acoplaram
e se acumularam,
ameaçando a inércia desses dois polos:
um positivo, outro negativo.
Sinal de tempestade.
Um fio de esperança.
Quiçá, fagulha de posterior bonança.
. . .
Tudo se movia.
Seus olhares também,
à revelia, choques de alegria.
Trovejava. Chovia...
. . .
Seus ombros triscaram:
aproximação física;
faíscas.
Aí era que cada vez mais,
sem interruptores para desligar a ventania,
tudo se movia:
ora se ajuntava, ora se repelia.
. . .
Noutro encontro, já entre escombros,
carentes de proteção,
se abraçaram e se interpenetraram incandescentes...
Fogo. Paixão.
Relâmpago. Explosão...
. . .
Enfim, o fim da distância,
da improporcionalidade, da solidão,
da escuridão e da irracionalidade.
Trovão. Orgasmo:
alimentaram-se da voltagem um do outro.
. . .
Um novo clique de partida.
Que nada os detenha.
Deram à luz uma nova vida.
(fernandoafreire)
______________________________
O outro fio que me inspirou:
QUE NADA O DETENHA
(Maripenna)
Você passou por mim com seu olhar meigo e estranho.
Será que eu também passarei em sua vida?
Feito apenas dois olhares, este sentimento permanece.
Oculto e belo, sincero e puro.
És como uma luz fixa no meu caminho, não para de brilhar,
Pois algo de bom, este brilho, fez que eu não me sentisse nas trevas!
Você é o meu sol de esperança, que me aqueceu
E deu vida às minhas ilusões, por isso,
Abra as portas do meu coração,
Para que nada detenha sua alvorada de prazeres,
Pois quero ser seu sonho de amor preferido!!!...
______________________________
Era uma vez, um fio de eletricidade,
que, descoberto, peito aberto,
sonhava fazer parte de um campo magnético.
Enquanto só,
era neutro, tranquilo,
inofensivo para tudo o que existia em seu redor.
Mas se sentia macho, potente, armazenador
de energia,
e nada respondia se, acaso, outro macho condutor,
igualmente disjunto, se aproximasse e ameaçasse esse seu valor.
. . .
Num belo dia
- Sempre há um belo dia! -,
ele descobre outro fio de cobre,
ali por perto,
peito semidescoberto, por pudor,
protuberância feminil,
olhar penetrante, radiante,
parecendo buscar,
com tão enérgica elegância,
mais calor para sua potencial radiação.
Certeza de ainda estar "acesa",
energia reservada,
incompleta, vaidosamente discreta.
. . .
Sentimentos de ânsia.
Circunstâncias.
Duas cargas
inversamente proporcionais às suas distâncias.
Somente se olhavam... e se enamoravam...
Cada um a dizer:
"Nada a fazer!"...
"Como tocá-la?"... "Como acariciá-lo?"...
. . .
Até que ventos polares se acoplaram
e se acumularam,
ameaçando a inércia desses dois polos:
um positivo, outro negativo.
Sinal de tempestade.
Um fio de esperança.
Quiçá, fagulha de posterior bonança.
. . .
Tudo se movia.
Seus olhares também,
à revelia, choques de alegria.
Trovejava. Chovia...
. . .
Seus ombros triscaram:
aproximação física;
faíscas.
Aí era que cada vez mais,
sem interruptores para desligar a ventania,
tudo se movia:
ora se ajuntava, ora se repelia.
. . .
Noutro encontro, já entre escombros,
carentes de proteção,
se abraçaram e se interpenetraram incandescentes...
Fogo. Paixão.
Relâmpago. Explosão...
. . .
Enfim, o fim da distância,
da improporcionalidade, da solidão,
da escuridão e da irracionalidade.
Trovão. Orgasmo:
alimentaram-se da voltagem um do outro.
. . .
Um novo clique de partida.
Que nada os detenha.
Deram à luz uma nova vida.
(fernandoafreire)
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O outro fio que me inspirou:
QUE NADA O DETENHA
(Maripenna)
Você passou por mim com seu olhar meigo e estranho.
Será que eu também passarei em sua vida?
Feito apenas dois olhares, este sentimento permanece.
Oculto e belo, sincero e puro.
És como uma luz fixa no meu caminho, não para de brilhar,
Pois algo de bom, este brilho, fez que eu não me sentisse nas trevas!
Você é o meu sol de esperança, que me aqueceu
E deu vida às minhas ilusões, por isso,
Abra as portas do meu coração,
Para que nada detenha sua alvorada de prazeres,
Pois quero ser seu sonho de amor preferido!!!...
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