Eu, o sábio chinês e o amor
ele sofria ao andar pelas as ruas a procura da sonhada fruta que queria,
olhava só as mulheres de lindos corpos e por lá a felicidade não vinha
pensava ser a mais linda, bem alta, de belos sorrisos a que tanto queria
achava ter o caminhar mais lindo e esperava que um dia ela o chamaria
voltava para casa só, dormia e sonhava e só depois, percebia que sofria
em seu sonhos ele olhava, ela vinha, que bela mulher como ela era linda
ali nada fazia, apenas sentava em uma pedra, hora chorava, hora sorria
e ela dançava, cantava, mandava beijos de alegria e lá o chinês só dormia
quando acordava ia as ruas a sua procura, queria tanto e a Buda ele a pedia
o dia acabava, lâmpadas ascendiam a dor chegava, onde estava, como doía
ele dormia, sonhava e lá ela dançava, acordava e de sua mente nunca saia
um dia num dos seus sonhos ela não veio, em seu lugar apenas eu apareci
vim andando eu sua direção, não vim dançar, só queria algo lhe mostrar
sentado, ele apenas olhou, colocou a mão no rosto e nesse sonho suplicou
Falei a ele que antes de chorar por muitas vezes pensei também querer amar
neste seu sonho, não quis acordar, percebi que lá queria muito me escutar
contei a ele tudo que meu pai falou sobre o segredo do verdadeiro amor
ele sorriu e desse sonho saiu, abriu os olhos e pensou em alguém para amar
sentiu um ar chegando, o amor se aproximando e um calor lhe penetrando
se sentiu mais que nunca amado por alguém que não esteve em seu passado
não pensou na cor da pele nem na forma do seu corpo só no beijo esperado
e assim sempre amado ficou o chinês que muito sábio e agora apaixonado,
ela não era a mulher dos seus sonhos e sim a da sua vida e encontros.