O pequenino
Nos olhos inocentes do pequenino,
vejo um ser humano perfeito.
Tão vivo, repleto de ternura,
de verdades eternas...
Um ser que merece respeito
pela fraternidade, ingenuidade.
Um ser humano sem vícios.
Um ser humano perfeito.
Nos olhos inocentes do pequenino
vejo a luz diáfana da pureza,
o encontro com a vida,
a decepção nas feridas,
a surpresa nas descobertas,
o êxtase na confirmação do sabido,
o medo do desconhecido.
Nos olhos inocentes do pequenino
mais aprendo que ensino
mais vivo com seu amor
do que sofro qualquer dor...
Transporto-me à natureza,
volto a ser criança, pureza...
Vejo a alegria explodir no sucesso...
Vejo o choro convulsivo na tristeza...
Vejo a espontaneidade no rosto expresso.
Nos olhos inocentes do pequenino
vejo a verdade de Deus
e a força do amor perfeito
que existe nos olhos do filho meu...
Sinto a profundidade da vida que vem,
sinto vontade de ser menino,
mas gosto quando me chamam de pai.
Nos olhos inocentes do pequenino,
sou amigo e sou herói,
sou o mais forte, o imbatível,
sou aquele que constrói...
Nos olhos inocentes do pequenino,
do pequenino que fui,
hoje marejam lágrimas de saudade
lembranças de uma idade que tive
e sei que não volta mais.
Hoje, sozinho, choro meus males, meus ais...
Recordo você meu herói,
recordo você meu papai!