Calor
Calor
É o calor, fugido dos corpos
Que molda fantasmas de vapor
Por sobre as plantações ao longe
Grânulos incolores dispersos ao vento,
Que a cada sopro tolda imagens,
Miragens desde sol fervente.
Línguas de vento ascendente
Que brotam do solo como árvores
Etéreas sopradas por Satã.
Eu? Apenas estou vivo.
E invejo a dança cálida
Dos amores que não pude ter.