SERÁ QUE FOI POR QUE ...

De que vale ter um piano aparatoso de alto

custo se ele sempre está desafinado, se

não se ouve dele um único som harmonioso.

De que valem as noites enluaradas todas elas iluminadas pelo brilho das estrelas, se minha companhia não passa de mortas ilusões.

O que faço com tantas lembranças se nenhuma delas revive aquela eu quis se não consigo abraçá-la pelo menos uma vez.

O que faço com minhas tão resolvidas e seguras esperanças até então, se elas se acomodarem em um lugar sem endereço e sem se importar com ninguém...

Logo o prenúncio da primavera estará se exibindo como sempre faz, que pena de antemão sei que não vou sentir a fragrância das flores.

Procurei saber a razão dos meus sonhos não serem consistes, de serem defeitos se todos foram construídos com o mesmo sentimento, será que foi porque amei?