O BILHETE
Como seria aquele bilhete
colocado em algum lugar
em que você pudesse
observar?
Nele eu diria tudo que
gostaria de dizer com
palavras suaves,
amáveis.
Você não saberia quem
sou eu, embora nossos
olhares já tivessem
cruzados em alguma
paragem ou vários
espaços pertencentes
ao nosso ambiente.
Esse bilhete seria
o primeiro entre
outros.
Nele revelaria meus
sentimentos ditos
no meu admirar
ao cruzar com
o seu olhar.
No seu encanto
vi uma correspondência
que me deixou sem
saber o que fazer.
Não sei o seu nome
ou onde mora nesta
redondeza,
mas sinto toda a
sua beleza.
No bilhete não me
descreveria, deixaria
toda essa magia em
que só o tempo
mostraria se me
rejeitaria.