Clamor de um violão.
Sandra M. Julio
Entrego-me a inebriante voz de um violão...
Ouço nela o clamor de vagas bravias embutidas na lembrança.
Recuso a saudade.
Renego momentos vividos.
Suas notas pulsam meus sonhos,
Destravando segredos tatuados, dispo imagens
na penumbra da melodia que invade entranhas.
Trazendo sons de sedução grafitados em tons de solidão.
E só... abraço o reflexo do seu sorriso.
Que vaga solto pelo infinito da minha tola sensatez,
Fazendo-me um corpo desabitado de fantasia.
Numa vigília eterna... a delimitar ilusões.
Que se perdem no semicerrar dos anseios.
No arco-íris dos sonhos...
Sandra
29/01/04