ITALIANINHA E A POESIA IMAGINADA
Digito nos umbrais da porta fechada.
Minha máquina de escrever é da cor das italianinhas:
Vermelha em pêssegos... E que levinho, charmosas filigraninhas
Passa suave o meu pensamento nesta lua na digitação das palavras em pó da máquina febril!
Sim eu sei que a miragem esquizofrênicas e doidivanas
Na loucura em tons perdidos na mente... Mata... E predestina...
Agora e sempre em uma viagem nas letras minha velha poesia,
Aquenta as imaginações do colorido nas horas doidivanas não...
Brincando de luz quimérica e dançando no apogeu das palavras!
Donde que eu ia digitar na máquina vermelhinha minha história romanesca em flores não sei...
Por que imaginar? Por que procurar inspirações? Porquanto sou da época do amor livre e das transas solitárias...
Ando nas entrelinhas ó minha italianinha e danço, e ficarei na loucura que me embriaga... Eu sou teu brasileiro e nada mais...
E me transformo e transmuto... Íris meu amor...
E me transmuto e numa simbiose homérica... Eros meu senhor...
Estremeço nas palavras...
Clamo em devaneios e escrevo minha vida de solidão.
Nas imaginações que acalmam e clamam minha discórdia...
Vão digitando minha estória à italianinha... vão pintando na alma um só coração desse rico Brasil.