PÁSSARO POESIA
Mais um voo imaginário que eu tive
Peguei carona nas asas do pássaro-poesia
Ele levou-me a uma cidade desconhecida
Uma cidade longínqua, cheia de fantasia.
A cidade era delicadamente murada
Com frondosas árvores de frutas diferentes
Frutas mágicas que alimentavam meu coração
Pois traziam nas polpas, poéticos nutrientes.
Fui recepcionada por graciosos passarinhos
Que num lindo bailar, para mim revoavam
Entoavam canções em perfeita sinfonia
Orquestras naturais que me acalentavam.
No meio da cidade havia uma grande praça
No meio da praça, um belíssimo jardim
Parecia um tapete feito só de flores
O perfume que exalava, era de jasmim.
Na cidade desconhecida, eu me sentia
Uma criança protegida e deveras amada
Foi difícil retornar ao meu mundo real
Queria fazer dela, minha eterna morada.
O pássaro-poesia trouxe-me de volta
Olhou-me nos olhos e minha face afagou
Bailou ao meu redor com delicadeza
Bateu as asinhas e ao infinito voou.
Fiquei triste a chorar e bem alto gritei:
_ Ó pássaro-poesia, me ensine a voar?
Infelizmente ... ele nem me ouviu
E o meu pedido ele não atenderá.
MARIA MARLENE
Poesia publicada, salvaguardo copyleft ¹ da obra.
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