Tal qual sinto. Tal qual escrevo.

Após meus olhos se acostumarem

À luz repentina, sinal de sua presença,

tenho de ver-te partir, como quem chega vai.

Vai-te então, se confundindo ao horizonte,

Buscando, ansiosa, seus velhos ares.

Nos encontros periódicos que travamos

busco te prender, em seu formato

odorífero, retendo as viagens

surgidas, de épocas vívidas vividas,

Falta-me comparações à sua beleza

Tamanho seu mérito em preservar

inócuo a obra Deusiana, projetada

em suas linhas e curvas.

Olhos escuros, cansados mas cintilantes

na flor alva sublime, mesclando com o cabelo.

AH, que divina oposição, conciliando

os extremos, na exata perfeição de ti.

Sua presença faz coça do tempo e espaço

Um campo se abre, me engloba e engole

As linhas se cruzam, me atrai me repele

Faz de mim uma carga teste, mal uso não estou.

Isso ao escrever busco a um único fim

Contraio o corpo, por pressão o pensamento sai

líquido viscoso, mais melhor, escoando em

moldura até encontar de teto teu, e só teu, olhar.