Rendidos pela força do amor

Ontem o amor aconteceu.

Amor desses que podem mudar o destino,

Que entre os corpos não há desafino.

Que se torna poesia

E nos enlouquece de tanta magia.

Ainda sinto o sabor de seus beijos,

Ou a textura de sua pele aplacando os meus desejos.

Sinto seu suor gotejado em meus seios.

Minhas mãos entrelaçando seus cabelos,

A penugem de sua nuca arrepiando de prazer

E seu olhar mostrando o caminho dos meus anseios.

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Ouvi sua voz sussurrada pedindo: vem amor!

Não hesitei um segundo e nem me fiz de rogada,

Cobri o seu corpo com o meu, sentindo você tremer, arder de calor.

E assim fomos para uma viagem astral,

Era mais do que o encontro de corpos naquele instante.

Era uma dança de espíritos, acima do bem e do mal.

Por um momento pensei que havíamos chegado ao nosso limite.

Dominados e entregando nossas almas ao prazer.

Nossos corpos se fundiram, eram um! Até onde a natureza permite.

Depois veio o doce cansaço.

Não haviam palavras, reinava do silêncio a quietude.

Era o momento de gozar a plenitude.

Do êxtase de uma entrega sem vencido ou vencedor.

Pois fomos prazerosamente rendidos pela força do amor.