SUFLÊ DE MORANGOS ( A receita das loucuras )
Ó meu peito canta à ti essa ardência e Romantização
Ó que falem que teu amor em mim me causa Veneração:
Olho-te com um fruir Sedução.
Ó põe no leito de núpcias flores da vinificação pois;
Poesia causa fraqueza e Desilusão
Mas amar uma mulher Inquietação
Transar com a amada minha, Fascinação.
Esse é o mistério e excelsa Sensação:
Por maior que seja a pobre Mitigação
Uma paixão vivida desvenda toda a Razão.
Poetisa e virgem, Ó formosa Bruxa:
De feitiços que aplacam emoção Esdrúxula.
Toda fêmea é rosa e de espinhos si Murcha;
Raparigas portuguesas na inviolável Concha
Moças de arrepiar aparições em Murta
Nos segredos quem em mim o ser um só em ti a Uva
Não existe riqueza maior em ti à Rúpias...
Rapariga lusófona tu és a rainha deste ego Pia
Cante que as invocações são nas trevas até o teu Dia
Pois tu és esbelta e de ti m'alma Enaltecia.
Ó juíza me transfere tua Ajuda
Só por ser em ti minha morta Musa
És a vida que encaminha maçãs do pecado em Rumas.
És a dívida do meu carinho místico descoberto na Runa
Teu amor é o sabor és tu o meu Nunca
Mulher de minha dor és pecado és a alma Dórica
Morro de medo dos demônios minha Heróica
Busco abrigo feito a raposa arisca em Loca
Pois os teus seios me seduzem meu pecar, e em ti eles me Alastram.
Mulher dos sonhos meus que erótico esse Amor:
Mulher que o fogo me aplaca és paixão, és doído Calor
Mulher que é o meu futuro, és o segredo de ares Músicos.
Mulher estou tão triste e teus lábios meu Id Único:
Mulher que consola-me e me explica o ego infindo
Eu vou sair amanhã pro Baturité de sonhos Vindo
Porquanto seu amor não em mim este Sinto?
Eia que tudo é uma transa de anjos Míticos.
Amor é que nem o romantismo do Espiritismo
Causa tristeza no íntimo perdido e Espirituoso.
É uma solidão que abate total Espírito
Uma solidão que assassina no Fascínio.
Pois a solidão é virtude de abdicar o que é Lindo:
Tenho lágrimas e não vejo esperança vindo
Eu pra ti cantarei o mais eternal do ecoar esse Hino
Quando a madrugada é epopéia do Ilídio
Prospere bela leitora nos amores perfumados do Lírio
Porquanto uma paixão feroz faz chorar um Sírio.
Quando o amor conheceu mitológica Eva
Pois nela nada tinha de ingênua Mama
Até os seios virgens um doce mel Acalanta.
Vai dizer que o amor são chagas Lazarentas
Jamais surpreenda um sortilégio de arte Negra
Porque do pecado nasceu todas as Fleumas
Todas cantam uma razão histórica e Laica
Ó desilusão Ó poetizar em letras mortas pela Faca
Ó brasileira Ó francesa Ó portuguesa minha à Gália.
No mês de Maio uma dose de rubro Veneno:
No Natal uma emoção louca de desejo Cruento
Donde cobra no frio de m'alma uma mulher ser não Violento.
Rosa da lua e dragonesa de sonhos meus ais Birrentos:
Ó doce Margarida Ó virgem de sentir de fogo viu Falido
És a mulher deste poetizar Caído...
O amor acalma um fogo abrasador quando é ao existir Saído
Saído aos segredos meus de fracassos jamais alentos
Sonho azul essa vida de falidez dardo Certeiro
Eva é falência cardíaca e desilusão de signos altaneiros
É dos mortais escreveres malditos o poema primeiro...