CEGOS SONHOS
 
 
No olhar a cor do pranto
que insiste em rolar,
gotejando na alma triste
este vício de amar.
 
A dor açoita feito tempestade
desfolhando os momentos.
Solidão faz de mim metades,
fragmentos soltos no tempo.
 
Matéria, parte quase morta
não consegue entender
o sentido do silêncio,
no anoitecer...
 
Ilhadas em meu ser
imagens que a vida
em faca afiada corta.
Retalhos do meu viver...
 
Cegos restos de sonhos
vagam em saudades,
nas trilhas de vales tristonhos.

 
2007
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 31/08/2007
Reeditado em 18/06/2011
Código do texto: T633144