Novamente o Sorriso
Novamente o sorriso,
Aquele mesmo sorriso,
Enigmático, encantador;
Que ora compõe com o olhar, a malícia;
Ora revela a pureza da alma;
Ou intimida o amante,
Com o brilho do desejo.
Sorriso que faz do passado, presente,
Sem perspectiva futura.
Sorriso de sereia,
Que minha venda não quer vedar,
Que as cordas da razão
Não são capazes de atar-me
Ao mastro da prudência.
Por ele cavalgo nas nuvens,
Rastejos em túneis de tatu,
Contando os quartos de hora,
Até ascender ao quinto estágio,
No minúsculo retângulo
Onde encontro o céu,
Devastando,
Machado em punho,
Florestas de medos e contradições!