ainda a definir
nesta noite
sonhei com Maria
e a religião
que o nome
carrega.
ela desaparecia
conforme os sons
se afastavam.
olhe para sua filha,
mãe. este templo
construído
em amor e carinho
está se desmoronando.
ela quer ser descoberta,
mostrar que também tem
amor
e que pode ser amada.
mas mãe, será que
você não percebe?
por acaso estaria cega?
sua criança está no palco,
mudando o tempo,
mudando a cena.
o único amor que conheceu
se destruiu nos cortes que
você causou, e a cocaína
não serve mais de
anestésico.
teu rosto está molhando,
mas não é sua culpa
como eles tanto falaram
querendo que fosse.
segura-se, não vá flutuar
logo agora
que as nuvens estão cinzas.
é capaz que pegue um
resfriado.
podemos deitar um pouco, e
podemos conversar
um pouco
até você esquecer o que está
aí dentro
ou cair no sono.
mas mãe,
quem sou eu para fazer
promessas?
quem sou eu?
quem?
luzes se apagam
olhos se fecham
e
clichés ainda cobrem metáforas
em seus véus.
não há nada de anormal
nisso.
nesta noite
sonhei com Maria
e a religião
que o nome
carrega.
ela desaparecia
conforme os sons
se afastavam.
olhe para sua filha,
mãe. este templo
construído
em amor e carinho
está se desmoronando.
ela quer ser descoberta,
mostrar que também tem
amor
e que pode ser amada.
mas mãe, será que
você não percebe?
por acaso estaria cega?
sua criança está no palco,
mudando o tempo,
mudando a cena.
o único amor que conheceu
se destruiu nos cortes que
você causou, e a cocaína
não serve mais de
anestésico.
teu rosto está molhando,
mas não é sua culpa
como eles tanto falaram
querendo que fosse.
segura-se, não vá flutuar
logo agora
que as nuvens estão cinzas.
é capaz que pegue um
resfriado.
podemos deitar um pouco, e
podemos conversar
um pouco
até você esquecer o que está
aí dentro
ou cair no sono.
mas mãe,
quem sou eu para fazer
promessas?
quem sou eu?
quem?
luzes se apagam
olhos se fecham
e
clichés ainda cobrem metáforas
em seus véus.
não há nada de anormal
nisso.