O VERDADEIRO AMOR

O verdadeiro amor não exige sofrimento,

Mas nas dores inevitáveis é a via para cura,

Fuga do fogo que queima a pele e abate o coração,

Sucumbe o medo de que a paz talvez não seja a direção,

O verdadeiro amor é benigno,

É o braço aberto no mundo que só viu solidão,

É o que faz o nó da garganta parecer laço,

E desata permitindo uma suave respiração,

Não é a neblina que turva o que leva adiante,

Que não esconde e nem clareia,

Mas o olhar que te vê mesmo no breu absoluto,

Não é o absinto que embriaga,

É a água que hidrata,

O verdadeiro amor não é fogos de artifício,

Mas é uma cama tranquila para descansar,

O fogo na palha logo faz virar cinzas,

Mas o verdadeiro amor, amanhã, ele estará lá,

O verdadeiro amor não exige sofrimento,

Mas é o vento mais suave que ao coração traz acalento.