Sobre Deus e a Chuva
Conte-me seus segredos
Vicia-me em seus verbos
Lança impropérios a minha face nua
De desejos
Entre beijos, bocas amargas
Como facas afiadas
Como pontas de punhais a pulsar
Nas veias abertas
Diz-me algumas verdades
Estúpidas
Fale-me sobre Marte
Sobre Deus ou sobre a chuva
Cante ao meu ouvido o hino nacional da infidelidade
Conjugal
Depois, entre mordidas e carinhos
Aninhados como passarinhos
Nos lançamos na miséria do amor descomunal
Nos entregamos ao abismo do inferno passional
E eis que somos o nada convencional
Graças ao universo que nos uniu