O TEMPO É POUCO COM VOCÊ

O tempo é rápido como areia que escapa entre os dedos;

Passa na velocidade do vendo quando estou contigo

E, por mais tempo que tenhamos juntos,

Quando me dou conta, ele já se foi como um sopro.

E ficaram para trás tantas outras palavras que eu queria ter dito;

Tantos outros gestos que eu queria ter feito

E tantos outros carinhos que eu queria ter te dado.

Queria ter te dito que te amo, mas o tempo não me permitiu.

Te disse mil e uma vezes, mas, certamente, faltou a milésima segunda...

Talvez nesta vez conseguisse as palavras certas pra me expressar.

O tempo, porém, se foi e, embora mil palavras,

Nenhuma expressou a exta dimensão do meu amor por ti.

Queria ter te feito algo que comprovasse a grandeza desse amor,

Mas, outra vez, o tempo foi insuficiente e pouco fiz.

Foram tantos gestos, mas com tão pouca grandeza e pequeno esforço.

Não podem ter mostrado o que me disponho a fazer por esse amor.

O tempo não permitiu a devida dedicação para fazer melhor.

Queria ter te dado mais carinho, muito mais intenso amor,

Que te fizesse sentir a pura e grandiosa felicidade dos poetas,

Mas o muito que fiz foi tão pálido, nada intenso e pouco durou.

O tempo passou como um relâmpago e a oportunidade se foi.

Deixando o paraíso preso em minhas mãos, no meu peito e na boca.

Restou apenas mais um beijo para fechar a lacuna

E o coração a sonhar com outro dia, outra oportunidade.

Então o tempo há de ser suficiente e, talvez, não passe tão rápido,

Como passam voando os instantes em que sou feliz sem conta,

Pois não tem como medir a felicidade de tua presença,

E fica sempre aquele gosto de “quero muito mais!”.

Wilson do Amaral