sem título
um, dois, três...
Os primeiros dos muitos abraços que guardei enquanto te esperava.
Distraído passas por aqui sem os desejar,
sem sequer os pressentir.
Tenho pena que avances dormindo pelo caminho e não vejas.
Perdido nessa escuridão solitária, perdes o momento em que tudo podia ser real.
Perdes o agora que tinha para ti.
Não sei se te acorde,
se te faça ver...
Se forem meus os olhos porque olhas e vês, quanto de ti restará verdade?
Isabel Afonso