Da vida a gente faz o gosto
Da vida a gente faz o gosto,
escolhe a cor do ninho,
o canto e o sorriso.
E eu te descrevo ao sol
como uma flor-de-lis.
Pouco me importa teus seios curvados,
teus lábios rachados
e os risos desertos de planos e cheiros.
Pouco me vale as farpas que inventas ao vento
e tuas velhas senhoras dos olhos (represos).
Pouco me é a dor que te sovava as cores
se aos nossos desencantos me vão os rumos doces.
Da vida a gente faz o gosto,
escolhe a cor do ninho,
o canto e o sorriso.