RIMÉTRICAS

Eu plantei a minha poesia

em uma terra chamada tristeza

lá nada nasce senão o amor

e já nasce natimorto

para não amar ninguém...

Eu colhi o meu amor

em uma terra chamada lieb

e lá o amor não fenece

a poesia já nasce sem rimétricas

para não encantar ninguém...

Eu enterrei as minhas lembranças

eu uma ilha chamada solidão

guardei ela, a poesia e o amor

em um cacifo de marfim africano

para aguçar a curiosidade de alguém...

Eu lancei no fundo do mar

aprisionada em relicário de Porto bebido

e lacrada com sebos e velas derretidas,

as cartas de amor que tantas, escrevi para ti

para que depois de onda a onda, sejam enfim...

lidas por ti.

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 30/04/2018
Código do texto: T6322774
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