Nossas noites de Lua
Vem me matar de amor e morrer comigo
Ser-lhe-ei intransponível enquanto abrigo
Teus segredos sob minhas sete chaves
Teu corpo entregue às minhas mãos suaves.
Sente falta do meu corpo, logo confessa
Vem matar a tua sede, vem depressa
Derreta nos meus braços, te incendeio
Em teu corpo tantas curvas; eu sem freio.
Vem disputar com a lua as minhas noites
Vem de mansinho, levemente, não te afoites
Serei teu sol aquecendo nosso amanhecer
Serei teu bem muito mais que bem-querer.
Ah, que prisão mais doce essa sua
Que me prende em teu corpo toda nua
Que me rende inocente e faz culpado
Condenado a viver pra sempre amado
O amor que arde em dois faísca em chamas
Nas labaredas de suor que tu derramas
Vem! Me afoga, me queima, me domina
Serás meu conto, minha fábula, nossa rotina.