Cupido vesgo
Cupido vesgo
Pobre de mim com esse cupido vesgo
Jamais serei feliz assim
Nunca viverei um amor sem fim
Ele é todo equivocado tosco
Por mais que se esforce mira tanto nunca acerta em mim
ou em ti
São flechas pra todos lados
Fico logo assustado sabe lá Deus aonde ele aprendeu essa técnica de jamais vir em mim
Se acertar o amor se esconde !
Ruim de pontaria com suas flechas bumerangues atira chega perto
Nunca acerta aqui
Meu coração ansioso dispara
Jura dessa vez esse cupido vesgo acerta sim
Ele tropeça nas próprias asas
Perde o foco à cada flechada
Mira no alvo à flecha se perde
Vai pra longe o infinito é meu desespero
Desde o dia que mandaram esse cupido vesgo para cuidar de mim
Um mala sem alça !
Vivi de fraudas
Todo gordinho atrapalhado
Apesar da candura, dos cachinhos
Com ele minha vida fica dura
E meu coração aos seus cuidados não atura
Ando pelas ruas vejo cada coração
Carente precisando de amor de paixão
Abro o sorriso fico solicito
Logo penso por que ele
Não acerta uma flecha de paixão
De desejos ardentes
Um amor de verão
Uma pessoa carinhosa
Que no brilho dos seus olhos o amor se confirma quando segurar minhas mãos
Quando fizer juras eternas de amor
Queime por dentro ficando ofegante à respiração !
Eu só quero que ele acerte uma flecha do verdadeiro amor aceite profundo no átrio de um coração
Que me ame de verdade !
Que sonhe com à liberdade de estar presa no meu coração.
Uma flecha de amor de fim de tarde
De andar de mãos dadas
De muitas palavras, risadas
Com muita carência
Onde as caricias se percam no silêncio
Que no escuro do meu quarto em abraços de pernas entrelaçadas num deslize de minha mão possa eternizar essa emoção
Uma flecha que num único momento possa se traduzir todo sentimento !
Que todas as palavras seriam em vão
Pois só quem tem amor verdadeiro
Sabe ouvir à voz do coração.
Ricardo do Lago Matos