VAMPIRO
A meia noite caminha o Vampiro
Está chovendo grosso Respingo
O orvalho da madrugada é Lindo
Esse é o romântico que passa no Crivo
Pois a paixão é acrobata de Circo
Que voa no orvalho e desse um Pingo.
Esse vampiro escreve romances no Solstício
Sua alma sonha ardência do Feminino
Esse pobre ser é herói e também Mendigo
Lembra as vezes um bobo Menino
Que sente medo do ecoar destino seu no Sino
Sino esse que apavora vampiro morcego Rico.
Todo vampiro é romântico único e Mono
Só quer beijar donzelas no gozo Morto
Quando tudo nessa fluorescência do Corpo
Desejar a nudez do pavor sombrio do Susto
Vampiro é fantasma que caminha em Grupo
Beija poesias vampiro em letras do Mítico.
Vampiro nas madrugadas de luar Mestiço
Sente o orgasmo na cama moribundo Místico
Do carisma ardente fogo ao Sexo
Na cama em gemer um restolhar Vago
Com perfume do corpo nu de Nardo
Vampiro rapagão da rebeldia ao Caótico.
O amor que some da prisão do Olho
Que desaparece em todo brio Tosco
Quando o Vampiro se esbalda no seu Luxo
Nunca chame um Vampiro de Bruto
Pois cada romântico tem quimera de Louco
Vampiro segue a paixão do maligno Rastro.
Vampiro que espera donzelas no Impacto
Nem todo vampiro é safado, pois é Casto
Se prende e si debate no sujo Claustro
Eu queria ser Vampiro e cidadão Laico
Mas Vampiro é romântico de hormônio Farto
Todo Vampiro é um reflexo do Maligno.
Vampiro sai voando no mundo Cântico
Vampiro é poeta que adentra o Palácio Dântico
Si apresenta ao Diabo do sentimento Tristonho
Nem todo romântico tem espírito Tântrico
Gosta meus sonhos teus do lamaçal Charco
E beija virgens esse poeta no oceano Turvo.
Quando vampiro sente no amor o Sono
Tem quimeras de ser atraído ao Pesadelo
Toda mulher de Vampiro tem um sombrio Segredo
Vampiro que some e volta num Regresso
Todo amor de Vampiro é Resto
Vampiro que morre em palavras ao Berço.
O amor, há esse desejo nublado e Negro
Tem desejos do sentimento Meigo
Que queima florações pra fazer Fogo
Um perfume do coração à carne o Nojo
Tem Vampiro que não quer ser Noivo
Na verdade igual Vampiro masca Cravo.
O amor é soneto breve e Régio
Pois me disseram que o amor é fogo Médio
Mas não pense que isso causa Tédio
Busque os Vampiros nas sombras do Horto
Pois Vampiro tem coração de flerte Roxo
Gosto de saber que carinho em mulher é Sacro.
Quão saber do fantástico Sagrado
Mostre que o amor é pavor Pensado
Vampiro que beija segredos do tempo Pesado
Não queira morrer amando como Narcótico
Sinta que o amor não é vislumbrar Óptico
Porquanto toda miragem do amor é Ilógico.
Vampiro que é romântico Nodoso
Morre de bala de prata num canto Saldoso
Estraçalha prazer do parnaso Prazeroso
Clamar do grito à madrugada ao Pomposo
Pompa do romântico Vampiro Charmoso
Eu sinto que todo amor é belo Nórdico.
Vampiro dissabores que Amo
Legalidade do buscar paixão quando Ando
Eu sinto que toda fêmea tem nos outros Mando
Mandar que condiz ao desassocego Conto
Fatos que queimam todo rasgo Fardo
Nenhum Vampiro tem semblante Simpático.
O amor é uma atividade com Laço
Aprisiona e não arrisca no dizer-se Faço
Eu penso que o amor é um evocar do Preço
Preço do lisojear da morte Desértico
Sou mal, sou quiástica do entender Afligido
Nunca pense que um poeta é Amigo.
Vampiro é rima é saudade é vida, amor, Fado.