Fiat lux
Deveras domina-me intragável
Fera pálida de voraz viril abraço
Atira-me sem piedade aos soturnos muros envidraçados de
Fosca alvenaria que derrete-se perante
Ao choque rijo e sóbrio e
Permite-me tomar etérea morada em plumas celestiais de doirado brilho.
Tenra bruma que em desaviso e desvario toma-me ao peito para velejar em nebulosas de infinitas cores e infinitos redemoinhos de sentires que encerram em si todo o advento e fenecer de sua própria criação.
Mergulho com toda a plenitude da Existência, sem arquitetar óbice ou levantar ignóbil ora irresoluto questionamento d'o porvir.
Cada uma de minhas mil partes dantes inscientes de seu existir e agora em peremptória íntegra incongruência navegam outras mil estrelas que conjuram uma dança metafísica nos confins do além-cosmos.
Eis a sutil suma da gênesis do Universo