Declaração

Não há destino e é nisto que eu sempre acreditei,

Porém ao vê-la pela primeira vez, confesso que ao menos uma vez,

Nisto não mais acreditei.

Fui tomado de espanto com tamanha beleza,

Encanto,

Sim, foi o que senti a ver-te,

Teus belos olhos,

Teu sorriso fascinante,

Tua pele cintilante,

Oh, Deus...

Permita-me tocar-lhe nas sobras desta doce virgem,

Cuja pureza salta aos olhos,

Permita-me apreciá-la...

Conhecê-la...

Contemplá-la...

Tê-la não seria um ato digno deste pecador,

Que não merece o perdão pelas dores causadas outrora,

Mas, se na infinita misericórdia divina, perdoado eu for,

Sei que beijá-la, mesmo na face, cometeria um erro fatal,

Pois a tua beleza angelical seria transgredida.

Confortar-me-ei em saber que respiro o mesmo ar que ti,

Que durmo sob o mesmo luar que ti,

Que me alimento dos frutos nascidos na mesma árvore que os teus,

Que vivo em um mundo onde tu também vives.

Por um instante pensei eu que o destino realmente existisse

E neste desvario de minha parte,

Cheguei a crer que tu surgiste em meu caminho,

Como uma dádiva a mim dada,

Em forma de perdão,

Pois por qual outro motivo Deus colocaria um anjo em meu caminho?

Adílio Junior de Souza
Enviado por Adílio Junior de Souza em 22/04/2018
Código do texto: T6315563
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