Vazio Íntimo
Não há o que dizer
Tão pouco há o que pensar
Folha branca
Silêncio
Paredes congeladas
Nesse cenário
O palco em que ainda persiste a insegurança,
A angústia de está preso a incerteza
Tentar manter, do amor, o último rastro de luz acesa;
No leito, sinto seu perfume pelo ar,
Na marca de seu corpo, ainda latente;
Ouço o timbre duma ressonância
No princípio e o espelho da memória
Rasga a invólucro do instante
Vincula o presente ao passado
Sombrio
Há um vazio que espera ser preenchido
Não com metáforas e poesias
Nesse fluido vivo, desenfreado
Dissimulado e oculto
Como se fosse nada