A lua e eu
A lua e eu
Nos dias sombrios, de densa escuridão
Sempre vazios, sempre frios
Faz-me sentir solidão.
Então olho para o céu
Percebo que, entre as nuvens
A lua está a brilhar
E, por um momento, eu penso
Qu’ela está a me olhar.
O seu luar é tão bonito
Que desperta os sentimentos,
Faz voar meus pensamentos
E, eu viajo noite a dentro.
Depois, vem a madrugada
Mas, a lua segue em frente;
Vai sumindo pouco a pouco,
Desaparece, e adormeço.
Segue a lua, o seu destino,
Noutro mundo vai brilhar;
Vai serena, vai faceira,
Vai toda prosa, certeira
Outra vida enluarar.
Então, volto pra janela
Penso na lua tão bela,
Aonde será que anda ela?
Não sei se canto ou se choro,
Ensaio um canto chorando,
Que mais parece um lamento:
-Lua, lua, minha lua tão bela, traga de volta a esperança,
preciso do seu luar.
-Vem minha lua querida, vem depressa, vem fagueira,
a minha vida alegrar;
-Vem despertar a minha’alma, deixar-me cheia de vida,
vem minha lua querida!
Mas, a lua indiferente, parece não me escutar...
Paro e penso, nessa hora
Que, se a lua vai embora,
Minha alegria irá levar.
Pela manhã, quando acordo,
Olho pro céu vejo o sol
Mas, procuro pela lua,
Que no alto, deve estar.
Eia qie a diviso, branquinha,
Tão distante, esmaecida,
Parecendo estar perdida,
Naquele manto azulado;
Sinto um aperto no peito,
A saudade me atormenta
E, suplico então, sem jeito:
- Minha lua pequenina não me deixe aqui tão só,
eu me sinto tão carente, como tola adolescente,
triste e só, abandonada.
-Lua, me leva pro espaço, preciso do seu abraço,
vem minha dor aplacar.
- Vem depressa, vem correndo, evita o meu sufocar.
Eis que a pequena gigante, sempre terna, muito solta no espaço, entre o brilho das estrelas,
Some no mar de outra nuvem
Pra nova fase ostentar.
Então, crescente, ela surge, depois se veste de luz
E fica cheia de amor, mas, quando mingua a esperança,
A lua nova desperta,
Trás consigo novos sonhos,
A todos vem encantar.
E a lua dos namorados,
dos casais apaixonados,
faz o poeta se inspirar,
dando vida a fantasia,
tece a sua poesia,
pro menestrel vir cantar.
Quando a lua se reflete,
Nas águas do mar profundo,
O universo faz festa,
a natureza silencia
pois, o luar se irradia,
numa bela sinfonia
E o luar nesse instante,
Com um brilho sedutor,
Revela a sua beleza,
Nas rimas do trovador
Que num toque de magia,
Faz lindos versos de amor.
Autora: Claudenice Rosário
Alagoinhas/Bahia/Brasil
10/04/2018