Carta à Luzia

Amada, Luzia.

Quero nestas ínfimas linhas

Agradecer-te pelo teu passado,

Pois foi sobre os teus pecados

Que o nosso amor fora arquitetado.

Quero manifestar neste meu modo obtuso de ser

A minha adoração pela tua vida

E agradecer-te à revelia

De alegrar-me em turvos dias

Com o teu zelo exacerbado.

Amada, minha!

Tu és a primazia do amor incalculável,

Deixa-me o peito instável ao chamar-me de “meu bem”

Quanto querer bem.

Agradeço-te pela tua fidelidade,

Embora tenha vivido a sua história sem nenhum alarde

Nunca me fizestes de inimigo,

Nunca me traístes com meu amigo,

Nunca me passastes para trás.

Apressa-te, meu amor.

Temos uma vida inteira para fomentarmos

A maledicência dos seres mal-amados.

Eu sou teu namorado,

Hoje, amanhã e sempre.

Tu fizeste do teu ventre o meu castelo inviolável.

Tu és mesmo um ser afável!

Aproveite o teu descanso,

mais tarde eu te alcanço,

sei que estamos muito perto.

Com carinho, o teu homem,

Roberto!

Pedro De La Rosa
Enviado por Pedro De La Rosa em 13/04/2018
Código do texto: T6307625
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