sempre esperamos algo de um sábado à noite

e esse é o limite
que impomos
a sentirmos um pouco
de liberdade.

o mundo cai toda sexta-feira
e se ergue nas manhãs de
segunda.
aos domingos ainda estamos
fegantes,
precisamos
descansar
tanto ocorpo quanto
a alma. lembrar e avaliar o que
aconteceu nas noites anteriores.
sábado? é quando estamos mais
desesperados à procura de
sentir qualquer coisa.
é nossa última tentativa,
é nossa última noite em
busca de uma companhia.
deixamos o julgamento de lado,
não somos tão durões assim
quanto esbravejamos
em nossas redes sociais.
somos frágeis na madrugada de
sábado. queremos compaixão,
atenção de um par de olhos e
um copo de cerveja.
queremos a música de uma voz
em uma conversa sobre qualquer
coisa.
estamos fartos de explorarmos as ruas
de nossas mentes de segunda à sexta,
por isso vagamos madrugada adentro
nas ruas de nossas cidades.

enganados com respostas de
perguntas retóricas.
atrás de qualquer coisa que faça bem.
Cleber Junior
Enviado por Cleber Junior em 09/04/2018
Código do texto: T6303560
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