MONODIÁLOGO

A sua voz vaza-me o infinito,

a sua vez fala-me o não dito,

a sua tez roça-me e não limito,

a sua dor pesa-me e não evito,

o meu ouvir volta-se à sua voz,

o meu dizer cala-se à sua vez,

o meu sentir goza-se à sua tez,

o meu ser surge do seu talvez,

a nossa voz em nós dizemos,

a nossa vez em nós doamos,

a nossa tez em nós colamos,

a nossa dor nós consolamos

Roberto Armorizzi
Enviado por Roberto Armorizzi em 05/04/2018
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