MEU MALVADO AMOR
(Sócrates Di Lima)
Judia dos meus pensamentos,
até que eles agonizem,
Que de tal forma meus sentimentos,
Atrofiem.
Perca a sensibilidade de amar,
Nas loucuras de um bem querer,
Que entre a alegria e a dor,
O coração deixe de sofrer.
Este amor malvado,
Que não renasce mas, nunca morre,
É como um animal num rio de piranhas, atolado,
Que ninquem socorre.
Esse amor que sangra sem parar,
como quem tem hemofilia,
É esse malvado amor que faz chorar,
Nos versos da poesia.
Esse amor que é só saudade,
De tantos momentos de alegria,
De tanta ternura, tanta vontade,
Amor de mil poesia.
Esse amor que ri das tantas proezas,
De tantas loucuras, tantas safadezas,
De tantas alegrias e algumas tristezas,
Amor de fé, de corpo, alma e grandezas.
Esse meu amor adormecido,
quieto e sem nenhum pudor,
Um amor sem cicatrizes mas, dolorido,
Por ser esse meu malvado amor.