NÓ de SUSPIRAR

Teu paladar me toma

Ao sabor da tua vela esganiçada

E fico envolta de um mar da noite

Navegando–te em conchas suspiradas.

Aos nós dos teus ventos

Levas-me refém para o teu peito

Abarrotando-me barcas de pressentimentos

Que lambem o sal do nosso leito.

Mareias meu corpo num beijo de permeio

Respingas carícias à tona dos meus seios

Estreito-te âncora nos meus braços

E zarpo contigo nas soltas amarras do teu laço.