Eu - amor - amar
Dissera-me um dia
Sem pestanejar
Num estranhar silencioso
Que podia incomodar
De tanto que provocara
Um ruído sibiloso
No ato de pensar.
Era o outro ou traços de mim
Eram destroços pós pulsar
Excessos reflexivos
De uma espera inafiançável
Por amor a compensar.
Chegara o tempo de acreditar
E o que se decifrava
Se sentia e não clamava
Por si só se afiançava
O amor próprio se calava
E a vida se definia
No amar-se em primeiro lugar.
Eu, amor, amar.