Vendas da ilusão...
Quando não lhe vejo, passo assim...
Mas se te vejo, há uma corrente,
Um vento forte bate em mim,
Sinto calafrios a recordação vem a mente,
Um choque uma dissonância em fim...
É como ouvir outra vez a tua voz...
Tua beleza refletindo,
O teu corpo me cobrindo...
E de novo ver seus olhos brilhantes,
O seu coração bater confortante,
E que tudo está normal entre nós...
Entrando no passado com todos os sentidos,
Como miragem febril do coração,
Por muito tempo sofrido, agora abatido,
Com a sua presença que ataca em vibração,
Tirando-me da realidade,
Revelando-me a verdade,
E colocando-me as vendas da ilusão...
Cláudio Domingos Borges