Quando não houver mais sol
Aquele olhar que tanto esperou
O sorriso que desejava
E já não pôde ver
A brisa do amanhecer.
Havia uma tristeza
De um tempo que passou
Uma vida que se foi
E da solidão não entendia nada.
A esperança que viu em seus olhos
Que pensara entregar-lhe o coração
Já não existe no seu pensamento
O sonho de amor que desejou.
Quando não houver mais sol
É que vais perceber o que perdeu
O arrependimento de não ter lutado
Pelo amor que trazia em seu coração.
Uma lágrima, então,
Do coração há de brotar
Que escorrerá pelo rosto
Já cansado de tanto sofrer.
Mas, agora é tarde demais
O sonho já se foi
E aquele amor tão esperado
Não pode mais acontecer.
Quando não houver mais sol
Saberá que o tempo é cruel
Com aqueles que vacilam
E não sabem perceber o amor.
Agora a solidão aperta
Sendo-lhe a única companhia
Nas noites frias de desespero
Que buscou para si mesmo.
Por onde ela andará
E o que leva em seu coração
Nunca poderá saber ao certo
Pois, não existe mais esperança.
Poema: Odair José, O Poeta Cacerense