TERNURA AO SOM DA CHUVA

Você assim, recostada em meu peito,

Eu te aconchego envolvendo no coração,

O ruído da chuva no teto do carro,

As gotas no para-brisa deformam a vista

O ar frio toca-nos a pele.

Te aconchego um pouco mais.

Você ouve meu coração te amando.

Te abraço terno e te afago o rosto

Você se deixa envolver pela ternura;

Te sinto um pássaro sob minhas penas.

Sinto-te minha, entregue na acolhida.

Suspiro num exalar de ternura.

Você respira fundo e o respirar segue compassado.

Os corações combinam o ritmo.

Quero te implantar em mim.

Meus lábios passeiam na ternura de teu rosto.

Minhas mãos deslizam a provar tua pele.

Navegam na maciez do teu cabelo.

Com carinho, os lábios se encontram.

E as almas se entrelaçam no aconchego.

Em meus braços te abrigo deste mundo turvo,

Nos teus me abrigarás da dura vida.

No meu peito repousarás ao som do amor,

E toda dor depositar em meu carinho.

No aconchegante coração que te adora.

Outro prazer vou te fazer reconhecer.

A chuva, o vento e aqui dentro só ternura,

Aconchegados no sentir que tudo abriga,

Que jura eterno e tudo torna infinito,

Por te amar acima de qualquer medida.

Wilson do Amaral