EM MEIO A TANTAS MULHERES
Em meio a tantas mulheres
Que passeiam elegâncias
E espalham seus perfumes
Ao distribuírem sua graça
Onde descubro umas tristes
Que clamam por um favor.
Em que carentes mulheres
Fustigam homens incautos
Ansiosos por encontrarem
Alguma migalha de amor...
Em meio a jovens donzelas
Que se abrem como flor
Exalando perfume de rosas
Em seus seios de amor,
Que sorriem para a vida
Sem qualquer preocupação
Ingênuas fêmeas bonitas
Delirantes de paixão...
Onde há as abandonadas
Outras que ainda o serão,
E suas almas enamoradas
Deixarão de ser carvão
Brasa viva que incendeia
No calor de um coração
Que distribui por suas veias
Alimento e sedução...
Em meio a mulheres maduras
Que recolheram o sorriso
Que retraíram seus corpos
E se fizeram inseguras.
Que queriam mais que isso,
Mais que tudo nesta vida
Retornar ao Paraíso
Com a alma arrependida...
Um lugar sem solidão
Onde não serão prisioneiras
E seus pobres corações
Se abrirão quais torneiras
A derramar como fonte
Jorrar águas da paixão
Ao amado companheiro
Companheiro de emoções...
Em meio a estas mulheres
Quero ser um instrumento
De amor e compaixão.
Promover o renascimento
De uma certa comunhão
Que a vida deixou pra trás,
E o cotidiano esqueceu,
Tornando os dias áridos
Sem o prazer que morreu.
Quero trazer para elas
Um pouco desta alegria
Tornando feliz cada noite
E suportável o seu dia.
Quero fazê-las sentir
Que embelezam o mundo
Que fazem da vida um jardim
E dão sentindo profundo
À vida e ao seu porvir...